Utilizados desde a Antiguidade, esses ingredientes seguem firmes e fortes como aliados da beleza
O ginseng é uma planta muito popular, principalmente na medicina ancestral chinesa. O ativo é um dos remédios mais utilizados em todo o mundo, em especial nos Estados Unidos. É rico em vitaminas do grupo B e minerais como o ferro e o zinco, é bom para o coração e para o cérebro. A raiz melhora a circulação sanguínea, tem ação anti-inflamatória, combate o cansaço, entre muitos outros benefícios. Existem muitas variedades do ginseng, todas possuem potencial curativo, apesar do mais conhecido ser o ginseng chinês, asiático ou vermelho, o panax ginseng.
Mais recentemente, o ativo poderoso tem sido estudado por sua ação na pele. Segundo um estudo recente, ele reduz significativamente a rigidez dos fibroblastos devolvendo a viscoelasticidade de pele. De acordo com a dermatologista Nanashara Valgas, “o ginseng vermelho contém componentes, incluindo microelementos, vitaminas, óleos essenciais e ácidos graxos, que podem ser usados nos cuidados da pele para retardar o processo de envelhecimento. Os efeitos do tratamento com ginseng vermelho na elasticidade da pele, melhora a rigidez celular e aumenta a síntese de proteína de colágeno”, explica a médica membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
envelhecimento da pele resulta de uma combinação de fatores biológicos e externos. A dermatologista esclarece que “os fatores endógenos incluem genes, hormônios e processos metabólicos, enquanto a exposição à luz solar, poluição, radiação ionizante, produtos químicos e toxinas estão entre os fatores exógenos. O envelhecimento da pele está associado à mudanças complexas nas propriedades biológicas, químicas e mecânicas da pele. Com o envelhecimento, as células contendo pigmentos, chamadas melanócitos, diminuem em número e aumentam de tamanho e os vasos sanguíneos da derme tornam-se mais frágeis. Além disso, a pele fica seca e tem a resistência e a elasticidade reduzidas”, afirma.
As propriedades elásticas da pele estão ligadas à rigidez celular e é medida como biomarcador do envelhecimento, que inclui o colágeno, elastina e fibrilina. A especialista destaca que “o colágeno é o principal componente da derme e desempenha um papel fundamental na manutenção da resistência e tração da pele. O ginseng vermelho, conhecido por seus efeitos anti-envelhecimento, ajuda a repor esse colágeno. Ele protege as camadas epidérmicas e dérmicas da pele da forte radiação UV-B. Já o maltol, um dos compostos fenólicos presentes na planta, reduz a fadiga e tem propriedades antioxidantes, melhora a espessura da pele, diminui a inflamação dos tecidos”. Por fim, a médica explica que “o ginseng pode ser encontrado nas formas de pó, extrato, cápsulas e tintura, mas o consumo deve ser orientado por um médico para melhor aproveitamento de seus benefícios”, finaliza.
